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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Falando sério agora...


Estou no meu décimo sexto ano de vida e sinto que estou num momento de transição, como o da “águia” do post anterior.
Esse ano está sendo muito importante pra mim, estou decidindo coisas que valerão por muitos anos de minha vida.
Fui muito bem educado por meus pais, recebi a instrução e a moral cristã na igreja, e sem isso não seria o que sou hoje. Mas chegou uma hora em minha vida que precisei ir além, precisei buscar conceitos meus, os quais deveria descobrir sozinho.
Sempre fui, como várias pessoas, alguém de muitas palavras e pouca ação. Era humano demais pra sentir pena de pessoas com dificuldades, de animais abandonados, de um morador de rua, e nem um pouco humano em não fazer nada pra melhorar isso, além de dizer bonitas palavras. Apontava o erro do outro mas sempre acabava errando igual. Estendia a mão pra alguém desde que isso me beneficiasse, ou me fizesse parecer uma pessoa legal. Quase nunca tratei alguém da mesma forma que gostaria de ser tratado.
Não é difícil imaginar o que eu estou falando, até porque todos nós falhamos nesses aspectos. A questão é que eu venho me cobrando uma melhora, uma mudança, desde fim do ano passado. E dói, dói descobrir nossas falhas, dói descobrir que poderíamos ser tão úteis ao mundo, mas perdemos tempo com bobagens. E o mais difícil é mudar isso, é como um vício, e estou tentando deixá-lo.
Falando de coisas materiais, aprendi que por mais que você tente se adequar a moda, gostos, e o caralho a quatro, a revista da semana que vem vai dizer o contrário e você vai ser criticado. Aliás, isso é algo que me incomoda, se eu quiser sair de pijama um dia na rua, vou ser julgado. E por quê? O que isso muda na sua vida? Isso te ofende, te machuca, ou algo assim? Eu mudei meu caráter por causa disso? E não estou falando apenas de roupas, mas também de tatuagens, piercings, cortes de cabelo, gosto musical, opção sexual, enfim... Cada pessoa deveria viver como lhe convém, e não pra agradar a uma sociedade que só serve pra julgar.
Tento melhorar a cada dia, corrigindo o que acredito ser errado e buscando o que acredito que é certo. Não é preciso bíblia ou qualquer outro livro pra nos dizer o que fazer, temos algo chamado consciência. E ela não nos aponta só o errado, mas nos motiva a fazer o certo. O segredo não é apenas não fazer aos outros o que não quer que eles façam com você. É também fazer a eles o que gostaria que fizessem a você.
Quando comecei a compor, passei a olhar as coisas de um modo diferente. Eu vejo o quanto uma música pode melhorar meu dia, me confortar. Imagina o que um cobertor guardado há anos no meu guarda roupa não pode fazer a um morador de rua. Será que não posso organizar minha rotina, e trocar algumas horas de internet por uma visita a um asilo ou orfanato, pra quem implora por carinho e atenção? O nosso excesso pode ser o luxo pra quem não tem nada.
Tudo isso que estou falando são algumas coisas que pesam na minha cabeça há tempos, e que agora, mais do que nunca, sinto necessidade de colocá-las em prática.




         Ser “cool”, prafrentéx, ou como preferir, não é dar “tuitadas” legais, criticar modinhas, e se entupir de café. Ser “cool” é exercitar o altruísmo, e é isso que estou buscando todos os dias, e é isso que me dá paz. Tente também. 

2 comentários:

  1. Parabéns Giovanni! Poucas pessoas pensam assim e escrevem o que pensam assim , ABERTAMENTE!
    Eu adorei o post e olha o mundo precisa rever os seus conceitos , não verdade?
    E novamente Parabéns!

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  2. HAHA..eu adorei o seu blog e te achei uma gracinhaaa!HOHOAUSHASUOSA...Se quiser add e bruuuninha_amigona@hotmail.com
    Bjinhos!^^

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