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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O velho Long Play


Do tempo do meu bisavô, do meu avô, do meu pai, e pelo que parece, do meu tempo também!
De goma-laca ou PVC, LPs ou EPs, simples ou duplos, nacionais e internacionais. Com gravação de frequência analógica, reproduz um som mais fiel ao original do que o dos modernos CDs e DVDs.  
A beleza ia além dos discos em si (ou como era apelidado, “bolachões”), as ilustrações dos encartes eram verdadeiras obras de arte. Mas há um segredo nisso tudo, algo que mantém os LPs vivos desde 1948 até hoje. Acredito que seja a magia do “passo a passo”... Pegar o vinil, grande às mãos e aos olhos, retirar da capa e limpar a superfície da poeira. Segurando pela borda, escolher o lado do disco e encaixar no pino. Levar o braço da agulha até a faixa desejada, abaixá-lo cuidadosamente e ouvir os chiados. E então, entrar em transe com a música, os ruídos e a imagem do disco girando.
Talvez por essa graça toda, alguns artistas em pleno século XXI, como Pitty, Green Day, A Day To Remember, Never Shout Never, entre outros, gravam suas obras também em vinil.
E por isso, ainda vou passar muitas horas vasculhando raridades no sebo. Vou ouví-las sempre, com o mesmo entusiasmo de quando ouvi pela primeira vez num LP Blowin’ In The Wind, e senti meus olhos timidamente encharcados de lágrimas. Vocês deviam provar disso...